Proposta de orçamento: Quando o eventual se torna continuado: como lidar com a grande demanda por Benefícios Eventuais Logo
  • Proposta de orçamento curso Quando o eventual se torna continuado: como lidar com a grande demanda por Benefícios Eventuais

  • JUSTIFICATIVA
    A provisão de Benefícios Eventuais (BE) tem sido um dos grandes desafios para as equipes do SUAS, especialmente dos CRAS, e uma das principais atividades desenvolvidas, a ponto de comprometer outras ações do PAIF. Embora previstos desde a LOAS (Brasil, 1993) em situações de eventualidade bem delimitadas e que colocam as famílias em vulnerabilidades temporárias, os BE muitas vezes acabam respondendo à ausência ou precariedade de provisões que deveriam ser garantidas por outras políticas. Historicamente, desproteções nos campos da segurança alimentar e nutricional (SAN), saúde e habitação têm sido confundidas com BE e invisibilizadas por meio dessas ofertas pontuais e fragmentadas, que não respondem às reais necessidades das famílias.  Além da provisão “continuada” do que deveria ser eventual, os municípios convivem com distorções históricas, a começar pelo uso, ainda corrente, de nomenclaturas que remetem a “auxílios” (auxílio alimentação, auxílio natalidade, auxílio funeral). A ausência ou desatualização das legislações municipais que regulam a matéria também contribui para que essas provisões se afastam da lógica do direito. A oferta deste curso se justifica tendo em vista a relevância do tema – já que a provisão de BE é uma atividade rotineira na assistência social, especialmente nos CRAS (mas que pode ser ofertada em qualquer equipamento estatal do SUAS). Justifica-se, ainda, de modo a dar respostas aos anseios que permeiam o cotidiano de muitas unidades de assistência social responsáveis pela oferta de BE: a clareza em relação ao modo de estabelecer critérios e prazos, modalidades de oferta, entre outras definições. Outro anseio, ainda, é a proposição de estratégias práticas de atenção que levem em conta a diferença entre vulnerabilidades pontuais e vulnerabilidades decorrentes da falta de acesso a direitos básicos (alimentação, saúde, habitação) e da insuficiência de renda.
     

    PÚBLICO-ALVO
    Profissionais de CRAS, CREAS e serviços de acolhimento estatais do SUAS.
    Coordenadores, diretores e secretários de assistência social.
    Conselheiros municipais de assistência social.
     

    OBJETIVO GERAL
    Reorganizar a oferta de benefícios eventuais de forma que não se torne a principal atividade do CRAS e de outras unidades estatais do SUAS.
     

    OBJETIVOS ESPECÍFICOS
    Apresentar estratégias práticas para superar o modelo de “busca recorrente de cesta básica” rumo à provisão de BE na lógica do direito.
    Diferenciar as situações de vulnerabilidade temporária das situações de vulnerabilidade instaladas, especialmente da insegurança alimentar e nutricional (INSAN).
    Propor diferentes respostas práticas para o eventual e o continuado (INSAN).
    Apresentar os diferentes benefícios eventuais e formas de provisão.
    Indicar critérios de provisão de benefícios eventuais.
    Conectar os aspectos materiais e relacionais na provisão dos benefícios eventuais.
    Indicar ações para as famílias cuja busca de alimentos não é eventual.

    PROGRAMAÇÃO

    AULA 1. 15/04/2025, das 13:30 às 17:30 – Benefícios eventuais ligados a um evento específico: nascimento, morte e calamidade pública

    • Introdução: o porquê desse curso
    • Origens dos BE: um brevíssimo histórico
    • O que são Benefícios Eventuais (BE): definição legal
    • Tipos de Benefícios Eventuais (BE) na Loas
    • BE em situação de nascimento ou BE natalidade
    • Provisão do BE por nascimento / BE natalidade
    • Conectando o material e o relacional no BE por nascimento
    • BE em situação de morte ou BE funeral
    • BE por morte ou BE funeral  x Concessões públicas
    • Provisão do BE por morte ou BE funeral
    • Conectando o material e o relacional no BE por morte
    • BE em situação de calamidade pública
    • Provisão de BE em situação de calamidade pública
    • Conectando o material e o relacional no BE em situação de emergências e calamidades públicas
       

    AULA 2. 16/04/2025, das 13:30 às 17:30 – A busca constante pela cesta básica: o ideal e o real entre a eventualidade e a desproteção

    • O mundo ideal: o que seria um BE em situação de vulnerabilidade temporária
    • BE de vulnerabilidade temporária – Alimento
    • Provisão do BE vulnerabilidade temporária – Alimento
    • Conectando o material e o relacional no BE vulnerabilidade temporária – Alimento
    • O mundo real: vulnerabilidade temporária ou desproteção por parte do Estado?
    • BE de vulnerabilidade temporária – Alimento x Segurança alimentar
    • Benefício Eventual por vulnerabilidade temporária – Documentação Civil Básica
    • Provisão do Benefício Eventual por vulnerabilidade temporária Documentação Civil Básica
    • Conectando o material e o relacional no BE Vulnerabilidade Temporária – Documentação civil básica
    • Benefício Eventual Vulnerabilidade temporária – Domicílio
    • BE Vulnerabilidade Temporária – Domicílio x Política de Habitação
      Conectando o material e o relacional no BE Vulnerabilidade Temporária – Domicílio
    • Benefício Eventual para acesso a Transporte
    • BE para acesso a transporte x política de mobilidade urbana
    • Provisão de BE transporte em função de Vulnerabilidade Temporária
    • BE para acesso a transporte x transporte para garantia de acesso regular a serviços do Suas
    • BE para acesso a transporte x política de saúde
    • Provisões diversas no campo do BE Vulnerabilidade Temporária
       

    AULA 3. 17/04/2025, das 08:30 às 11:30 – Demandas diferentes, respostas diferentes: estratégias práticas para demandas eventuais x desproteções instaladas

    • Roteiro para revisão dos BE pelo município
    • Definindo ou revisando  critérios para a Resolução do CMAS
    • Definindo ou revisando Tipos / modalidades de BE
    • Definindo ou revisando prazos de provisão
    • Definindo ou revisando locais de provisão
    • Definindo ou revisando o fluxo entre unidades estatais e rede socioassistencial complementar de modo a garantir a oferta
    • Desproteções instaladas
    • Diagnosticando insegurança alimentar e nutricional (INSAN)
    • Promovendo ações de acompanhamento para famílias em INSAN
    • Promovendo o fortalecimento da política de Segurança Alimentar e Nutricional (SAN) no município
    • Benefício eventual x Doação
    • Superando distorções históricas e cotidianas na provisão de BE que afastam essa oferta da lógica do direito
       

    METODOLOGIA

    • Aulas online síncronas (ao vivo) por meio do Google Meet  com possibilidade de interação
    • Fundamentação teórica e exemplos práticos
    • Indicação de percurso de leitura para continuidade dos estudos pelas equipes
    • Indicação de vídeos complementares para assistir em equipe
    • Exercício para ser realizado na sequência
    • Bônus: Dez passos para garantir a oferta dos BE na lógica do direito: guia simplificado para gestores e conselheiros de assistência social
       

    Modalidade: Capacitação introdutória (conforme a classificação da PNEP/SUAS (Brasil, 2013)

    Carga horária da certificação: 22 horas:

    Aulas síncronas (ao vivo): 10 horas aula

    Vídeos complementares e percurso orientado de leitura em equipe: 12 horas (tempo estimado)

    Percurso formativo principal (conforme a classificação da PNEP/SUAS (Brasil, 2013): Provimento de serviços e benefícios socioassistenciais
     

    MATERIAIS COMPLEMENTARES

    • Vídeos complementares
    • O “miudinho dos BE” na sua cidade: exercício de aplicação prática
    • Percurso de leitura orientada sobre BE para equipes do SUAS
    • Dez passos para garantir a oferta dos BE na lógica do direito: guia simplificado para gestores e conselheiros de assistência social
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